São 26 anos de uma bem-sucedida realização cultural e empresarial, tendo o livro como principal astro. Em 1983, nos salões do Hotel Copacabana Palace, numa área de cerca de mil m², foi montada a I Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Dois anos depois, o cenário foi transferido para o São Conrado Fashion Mall. Em 1987, a Bienal do Livro chegou ao Riocentro, com 15 mil m², para tornar-se o acontecimento editorial mais importante do país nos anos ímpares e um evento cultural de mobilização nacional. A Bienal do Livro supera todas as expectativas de público, vendas e mídia e atinge um crescimento de 30% a cada edição.
Uma programação cultural rica e diversificada espera pelos 600 mil visitantes estimados para a XIV Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que acontece entre os dias 10 e 20 de setembro, no Riocentro. Novos formatos e a presença de importantes escritores brasileiros e autores internacionais conceituados formarão a grade, que nesta edição homenageia os EUA e contará com um total de 67 sessões de debates e 84 apresentações voltadas para o público infanto - juvenil.
Ao longo dos 11 dias de evento, mais de 100 autores brasileiros, 18 internacionais - sendo 12 da comitiva norte-americana - participarão das sessões, debates e encontros da programação cultural.
"A cada edição buscamos novas formas para estimular ainda mais o hábito da leitura. Vamos apresentar propostas diferentes, que vão aproximar ainda mais os leitores do universo literário", conta a presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), Sonia Machado Jardim. A Bienal do Livro do Rio 2009 apresentará três novos espaços, uma exposição que retrata o trabalho de décadas de um dos principais editores do país, o já consagrado Café Literário e encontros com escritores estrangeiros.
Confira as principais atrações da Bienal:
Café Literário: O ponto de encontro de autores brasileiros e internacionais, onde acontecem debates em sessões descontraídas de temas como processo de criação, ideias, livros, personagens e gêneros, ganha nova curadoria em 2009. O escritor e crítico literário Italo Moriconi encara pela primeira vez a função no evento, prometendo estreitar ainda mais a relação do público com os escritores. O Café Literário traz outra novidade: as sessões com autores internacionais contarão com tradução simultânea. A programação promete repetir o sucesso das edições anteriores. Serão 36 sessões, no espaço que terá capacidade para 200 pessoas, que vão reunir jovens talentos e autores consagrados.
Floresta de Livros: Uma das principais apostas desta edição é voltada para o público infanto-juvenil. A Floresta de Livros será o maior espaço em metragem da Bienal 2009 e oferecerá diariamente uma experiência única de contato com os livros, aliando tecnologia e informação. Ali o público juvenil e escolar vai vivenciar ciclos de histórias diferentes enquanto exploram o lugar: uma instalação multi-sensorial, cenografada com árvores "falantes" que narram trechos de livros e que têm copas formadas por letras, que criam palavras de acordo com o ângulo de visão; um livro-mágico, que a cada toque das crianças, páginas de obras importantes aparecem; uma sala secreta, onde eles poderão pegar livros e ler para os colegas com direito a palco e microfone; por fim, a floresta termina em uma clareira, local que será palco de oito apresentações diárias. "Vamos botar a garotada para interagir com os livros", explica o curador João Alegria.
Mulher e Ponto: Outra novidade da Bienal foi desenvolvida especialmente para o público feminino, grande frequentador do evento e responsável por mais da metade do número de leitores do país. O Mulher e Ponto vai abrigar encontros informais entre autores brasileiros que retratem nas suas obras e em seu cotidiano assuntos de interesse das leitoras. Os temas são variados: comportamento, literatura, filosofia, relações afetivas etc. O Mulher e Ponto terá 15 sessões ao todo, sendo uma por dia da semana e duas aos sábados e domingos.
Livro em Cena: Um cenário que reproduz uma sala de leitura, com estantes de livros, bancos e poltronas, onde grandes nomes das artes serão convidados a ler trechos selecionados de obras de importantes escritores brasileiros. Assim é o Livro em Cena, novidade da Bienal, que traz assinatura do diretor e ator Paulo José em parceria com a D+ Produções, das sócias Marcia e Joana Braga.
Auditório dos grandes autores: O auditório Euclides da Cunha (pavilhão 3), que tem capacidade para 390 pessoas, terá quatro sessões especiais com escritores estrangeiros que têm conquistado posições de destaque nas listas brasileiras de mais vendidos. Assim, um número maior de visitantes terá a oportunidade de presenciar os bate-papos inéditos com Bernard Cornwell (dia 11, às 19h30); Meg Cabot (dia 13, às 15h); Robert e Kim Kyosaki (dia 19, às 15h) e Steven Jay Schneider (dia 19, às 19h30).
Exposição "José Olympio - Um editor e sua casa": Uma homenagem a um dos principais editores do século passado, responsável pela publicação de obras de nomes como Gilberto Freyre, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos e Jorge Amado. A exposição dará ao público da Bienal a chance de ver importantes etapas da história do mercado editorial brasileiro ao longo de décadas. "Selecionamos cerca de 200 publicações das principais edições da editora José Olympio, como as de José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade, que mostram a arte de editar livros na primeira metade do século XX", explica Marcos Pereira, neto do editor e produtor da mostra. A mostra ocupará 300 m² e tem a curadoria de José Mario Pereira Filho e projeto museográfico de Victor Burton.
Bienal na Web 2.0
A Bienal do Livro do Rio de Janeiro ganha "presença" forte na internet. Já estão no ar o site oficial - www.bienaldolivro.com.br -, um hot site e o Twitter - http://twitter.com/bienaldolivro.
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